ACOMPANHE

- Cristina Croce

Ócio

Em um mundo tecnológico o ócio é quase impossível de acontecer.

Cada vez mais, percebo a necessidade de parar e escutar o que vem de dentro de nós.

Quando nos desligamos dos estímulos externos, abrimos espaço para a escuta interna.

Nosso interior tem muita coisa a nos dizer, nosso corpo fala o tempo todo, muitas vezes através de sintomas, mas se não prestarmos atenção, eles continuarão acontecendo.

E isso não é necessariamente ruim, um sintoma, muitas vezes nos acomete para chamar nossa atenção, sobre algo em nós que está sendo negligenciado.

Nossas emoções, por vezes, tem sua forma de comunicar. Por medo, trancamos a sete chaves dentro de nós, como se fossem nos fazer um mal ou atrapalhar a nossa vida.

O fato é que a vida exerce uma força criativa que quer nosso bem-estar, mas recebemos, muitas vezes, de forma equivocada.

Costumamos escutar com maior facilidade nossos pensamentos e esses, por vezes, correspondem a interpretações negativas decorrentes do medo e que parecem estar realmente acontecendo.

Esses conflitos são tão difíceis de administrar que o refúgio pode acabar sendo através do uso das tantas tecnologias, que tem seu mérito é claro, mas o excesso leva ao distanciamento de nós mesmos e uma maior dificuldade de perceber nossas reais necessidades na vida.

Por isso, o ócio se torna tão importante. É bom lembrar que a palavra ócio conforme descrita pelo dicionário significa: falta de ocupação, inação, folga, repouso, quietação, vagar.

Nem tanto um, nem tanto o outro, mas como procurar espaço para ambos na vida, podendo diferenciar quando estamos sendo realmente favorecidos por cada um desses comportamentos.

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